domingo, 17 de abril de 2011

PÉSSIMO EXEMPLO


RIO - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) teve a Carteira Nacional de Habilitação apreendida durante uma blitz da Lei Seca, realizada na madrugada deste domingo, no Leblon. O parlamentar foi parado por volta das 3h, na esquina das ruas Bartolomeu Mitre e General San Martin, e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Os fiscais da blitz constataram que a carteira de Aécio estava com a data de validade vencida. O documento foi apreendido, e o senador foi multado em R$ 957,70.


Aécio só foi liberado ao chamar um amigo para dirigir o seu carro, uma Land Rover. Procurada para comentar o caso, a assessoria de imprensa do senador ainda não foi encontrada.

Na mesma madrugada, o ex-prefeito de Magé Charles Cozzolino também foi parado pela Lei Seca. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e teve habilitação e carro apreendidos, além de ter sido multado em R$ 957,70. A apreensão ocorreu na Avenida Brigadeiro Lima e Silva, no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Morre Jackson Lago, ex-governador do Maranhão


O ex-governador do Maranhão Jackson Lago (PDT) morreu às 18h30 desta segunda-feira (4) em São Paulo, de acordo com a assessoria do Hospital do Coração (HCor). Aos 76 anos, ele deixou mulher, três filhos e seis netos. Nascido em Pedreiras (MA), era médico de formação.

Conforme nota do hospital, ele morreu por falência de múltiplos órgãos. Estava internado desde o dia 30 de março para para tratamento de miocardite (inflamação do músculo cardíaco), causada pela quimioterapia. Veja no fim do texto a íntegra da nota.

Segundo informou a família, o corpo deve seguir para São Luís na manhã desta terça (5) para ser velado na sede do PDT local. A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), decretou luto oficial de três dias no estado (saiba como foi a repercussão da morte do ex-governador).

A filha Ludmila Lago disse que o pai sofria de câncer de próstata desde 2004. Em novembro passado, segundo informou, o ex-governador deu início a sessões de quimioterapia em São Paulo, mas as sessões foram interrompidas em fevereiro porque ele estava muito debilitado. Em março, ele retomou a quimioterapia. Nesta segunda, entrou em coma, segundo o filho Igor.

“Como ele era médico, acho que ele já tinha certa noção do que estava prestes a acontecer. Mais do que nós”, afirmou Ludmila.

De acordo com a assessoria do PDT, ele foi internado pela última vez em 30 de março, "em estado febril, com falta de ar e cansaço devido ao tratamento quimioterápico a que estava se submetendo devido a um câncer de próstata em estado avançado".

"Ele teve uma metástase [disseminação da doença] e vinha segurando isso. A coisa começou a complicar nos últimos dois, três meses, quando ele foi para o hospital", afirmou o irmão Wagner Lago.

Cassação
Acusado de abuso de poder político e econômico na eleição de 2006 - o que sempre negou -, Lago teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em março de 2009.

No lugar dele, assumiu Roseana Sarney (PMDB), segunda colocada em 2006. Mesmo após a posse de Roseana, Lago chegou a resistir a deixar o governo e passou noites no palácio. Ao sair, se disse "violentado".

saiba mais

STF nega recurso contra cassação do mandato de Jackson Lago
Roseana Sarney é reeleita governadora do MA Irmão de Jackson Lago (PDT) morre em São Paulo No ano passado, Lago tentou voltar ao governo estadual, mas foi derrotado na eleição. A rival Roseana Sarney (PMDB) se reelegeu governadora, e ele ficou em terceiro lugar - Flavio Dino (PC do B) foi o segundo.

Além de governador (2007-2009), Lago foi prefeito de São Luís por três mandatos (1989-1992; 1997-2000 e 2001-2002, quando saiu para se candidatar a governador). Devido à doença, estava licenciado da vice-presidência do PDT, partido do qual é um dos fundadores.

Lago concorreu ao governo estadual por três vezes. Além de 2006 e 2010, ele disputou também em 2002, quando perdeu para José Reinaldo Tavares (PSB), que obteve 51,05% dos votos válidos.

Nota do hospital
"Nota de Falecimento
O ex-governador do Estado do Maranhão, Jackson Lago, 76 anos, internado no Hospital do Coração (HCor) desde o dia 30/03, para tratamento clínico de miocardite (inflamação do músculo cardíaco) pós quimioterapia, faleceu nessa segunda-feira (04/04) às 18h30, por falência de múltiplos órgãos.
Assessoria de Imprensa do HCor – Hospital do Coração"

ELEITOR PREFERE VOTO DISTRITAL E FACULTATIVO


A maioria dos eleitores das capitais brasileiras quer votar diretamente no candidato a deputado ou vereador e defende que seja eleito o mais votado, em uma parte do estado ou município - sistema conhecido como distrital puro. Também é vontade de seis em cada dez eleitores que o voto no Brasil seja facultativo. Isso é o que revela pesquisa realizada pelo DataSenado.

Entre os dias 21 e 29 do último mês, foram ouvidas por telefone 797 pessoas com idade a partir de 16 anos, residentes nas capitais de todos os estados e no Distrito Federal. Os pesquisadores utilizaram um questionário estruturado com respostas estimuladas. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Leia mais
--------------------------------------------------------------------------------
Pesquisa mostra interesse dos brasileiros pela política



A preferência pelo distrital puro se manifesta pelas respostas dadas a três questões: 83% dos entrevistados querem que o voto seja dado diretamente ao candidato (e não ao partido ou a uma lista pré-definida), 55% querem que sejam eleitos os candidatos mais votados e 64% defendem que a circunscrição eleitoral seja uma pequena região do estado ou do município.

Por contar com poucos adeptos na Comissão da Reforma Política do Senado, o sistema distrital não foi incluído entre as opções votadas pela comissão. Os senadores escolheram inicialmente entre o sistema proporcional com lista fechada, o distrital misto com lista fechada e o "distritão". Depois, a escolha ficou restrita aos dois mais votados: "distritão" e proporcional com lista fechada. Esse último recebeu mais votos e integrará o anteprojeto que o colegiado apresentará no fim dos trabalhos.

Também a decisão da comissão sobre a obrigatoriedade do voto é diferente da opinião da maioria expressa na pesquisa do DataSenado. Os senadores vão propor que o voto continue sendo compulsório, enquanto a pesquisa apontou que 65% dos eleitores preferem o voto facultativo. Vale ressaltar que 85% dos entrevistados afirmaram que iriam às urnas, mesmo se o voto deixasse de ser obrigatório.

Para cargos eletivos no Executivo (prefeitos, governadores e presidente da República), a maioria (58%) quer manter o atual modelo de mandatos de quatro anos com direito a uma reeleição. A comissão vai recomendar o fim da reeleição e o aumento dos mandatos para cinco anos.

Suplentes e coligações

Conforme a vontade de sete em cada dez entrevistados, cada senador deveria ter apenas um suplente, que assumiria a vaga em caráter provisório. Essa é a mesma posição aprovada pela Comissão de Reforma Política. Pela proposta, nos casos de morte, cassação ou renúncia, haveria nova eleição.

O fim das coligações partidárias recebeu apoio da maioria dos eleitores das capitais (53%). Proposta nesse sentido também foi aprovada na comissão.

Fidelidade partidária e tempo de filiação

A pesquisa mostra ainda que mais da metade dos entrevistados (56%) considera que o parlamentar deve ser obrigado a ficar um tempo mínimo no partido pelo qual se elegeu. O tema será discutido na reunião desta terça-feira (5) na comissão e já divide opiniões. Atualmente, se o eleito mudar de legenda perderá o mandato, a menos que se configure fusão do partido, criação de uma nova agremiação, desvio do programa partidário ou grave discriminação pessoal. Alguns parlamentares defendem a manutenção dessa norma, mas outros querem flexibilizar as regras a partir de 2014.
Também estão divididas, na comissão, as opiniões sobre exigência de moradia na circunscrição eleitoral pelo prazo mínimo de um ano antes do pleito, como condição de elegibilidade. Mas, para a maioria dos entrevistados (58%), esse prazo é muito curto.

Uma fatia pouco menor (50%) também considera muito curto o tempo mínimo de um ano de filiação partidária, necessário para que um político possa se candidatar, conforme previsto na legislação atual. Já 40% consideram esse um prazo adequado.

Cláusula de desempenho

Por ampla maioria (67%), os entrevistados se posicionaram contrários ao critério de distribuição de recursos públicos de forma proporcional ao número de cadeiras conquistadas por cada partido na Câmara dos Deputados. De acordo com esses eleitores, todos os partidos deveriam receber a mesma quantidade de dinheiro.

Uma parcela ainda maior (85%) considera que também o tempo de televisão nas campanhas eleitorais deveria ser o mesmo para todas as legendas.

Relevância da reforma e interesse em política

Quase 80% dos entrevistados têm uma visão positiva sobre a reforma política e acreditam que as mudanças na legislação serão vantajosas para o país.A pesquisa revela ainda que nove em cada dez eleitores ouvidos têm interesse em política, sendo que 53% avaliam como médio o grau de interesse, e os demais se dividem igualmente entre interesse alto e baixo.

Os brasileiros ouvidos pelo DataSenado apontaram a televisão como a principal fonte de informação sobre política, opção indicada por 56% dos entrevistados. Jornais e revistas foram apontados por 20% dos entrevistados, e a internet, por 15% deles.
Iara Guimarães Altafin / Agência Senado